sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Carnal

Com panos enrrolados disfarçando a transparente
alça que cai do ombro e beira o cotovelo.
Um trejeito para levantar, um tique que não é nervoso
Mas deixa tenso quem não sabe o gosto desse veneno.

Preparada para uma batalha de salão, ela tem bolsa de
Quem já foi desse gueto que parece não visitar a muito tempo.

E tem tubarão, Ricardo, amigo de longe e os do coração.
Tem os que olham e pedem perdão, e aqueles que não atravessam
A linha da coragem da sua dança que nem é tanta perdição.

Mas leva pro escuro, e gruda as pernas, e repara os efeitos daquele
Baton sacana vermelho, que de santo só tem os olhos, por que o sorriso
É pura tentação. E envolve. E traz pra junto. E puxa. E roda. E finge que não dá bola,
Mas respira na orelha e brinca, e gargalha pra se esquivar... como quem nada quer
E nada pode...

E pega pela cintura, e aperta, e diz que não presta e fala que é bom
E que é assim que se faz. E não cicatriza porque bate um ventinho
E fica um tempo esperando o tempo passar, contando da vida
Da velha e boa risada, das coisas que ligam a pele e agarra..
E fica de beirada... e beija de pertinho e tenta roubar outro selinho
Mas a vontade era de arrancar um pedaço... e se controla e volta com o
Sorriso de lado... e pega na perna como se fosse sua e dá um cheiro
Profundo na curva da nuca, e age como se nunca tivesse passado por lá...

Ahh coisa boa carne louca que esse espirito me dá.

5 comentários:

  1. seguidora assídua declarada!
    desejo que todos os sóis, de todas as vidas e consciências estejam gravados em seu espírito!

    bjs

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  2. enrolados é com 1 r só!

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  3. obrigado anonimo por corrigir meu portugues...
    mas os panos estavam tao bem atados que me pareciam ser com dois erres...

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  4. Ufa!
    Só 9º?
    Alguém deve ter comprado o juizão...

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