sexta-feira, 6 de julho de 2012

nós e garganta


pedala e transpira.
respira e inspira. estica, contorse, remoe, remexe.
as vezes sabe-se que está tudo claro, e de tão claro escurece os olhos que não conseguem ver.

a sintese da luz é a sombra
que se faz presente sempre com um vento gelado que entra pelos furos do moletom.

uma nova e verdadeira realidade
um sonho que parece-me um pesadelo mesmo que o seu gosto tenha sabor de realização.
sem saber o como e o amanhã resta-me o hoje e somente o agora.

exercício mental da não ansiedade para os pensamentos de fluidez tomarem conta
e desatar os nós.  bandida realidade que nos bane e ancora diante do mar dos medos da alma.
no encanto nosso de cada dia, espulsemos a preguiça e o mal olhado de nossas cabecas... e que tudo
possa ser refletido em adubo vital para florescer esse novo campo cheio de vida para nossa terra.

procuro o silencio de minha garganta para ouvir o sussuro que me disperta.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

SONHAR, SONHEI!



SONHAR, SONHEI !
raulzito

porque
eu sei que eu nao devia acordar
eu sei porque
um tempo feliz que so me fez
sonhar, voar
sonhei,
brilhar
e ate
nos bares, embalos e noites
eu a procurei
e procurei que tanto me encontrei
voar,
porque?
eu vou.
e voce?

vira virou
o sol vem mandar
a lua que eh cheia
brilhou iemanjar

vira virou
meu santo chegou
nao sabe de nada...
nao sabe o que foi
porque nao sabe.
o que foi? 

 rnc

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

(2011s)



            
quando me vejo assim me questionando das coisas e dos caminhos da vida quando me sinto menos e devagar, levianamente longe daquilo que quero ser, de quem procura entender esse todo complexo. chato e dificil completo.

que coisa nao? a gente perde o objetivo e perde o senao. fica correndo em circulos e as vezes na contra mao, que facil seria e como seria se so o dom que temos, pudesse ser meta dessa faculdade da vida
como gostaria.

Que da coragem tirei por muito tempo esse lance. da grana, a fama e a cama. como fossem algo que te fizesse maior. melhor e pleno. ao escrever me reservo duvidas de se acredito nisso porque cresci vendo
isso acontecer o se de fato acho que consigo ser feliz sem isso.

me martela denovo a coragem. que duvida?
grana, cana...

me martela na cabeca que isso nao eh um fim e sim um meio. me martela que tudo nao passa de preocupacao da sociedade criada no medo. na crise. na conectividade.na descoberta da vida virtual e imaterial. vida que existe mais nao se ve.

e olha ai a tecnologia ajudando o homem evoluir.entender que somos muito mais do que materia. carne nao pensa. carne eh computador. esse computador que nao cria nada. Cade o programador? disseram nao eh?
demorou, mas chegou.

essa energia toda da rede que se conecta e nao se ve. compreende-se entao essa materia da presenca na ausencia. da coneccao. antes, palavra que se usava para unir tubos e talhos. hoje usa-se mais, na fibra que
se liga e transmite informacao.

entao, vamos crer, sem medo e sem filtro essa nova promessa de vida de verdade e de entrega. vamos juntos nessa. deixar de dar e vender, pra dar e receber. leve e sincero.



domingo, 7 de agosto de 2011

reza

por varios lados
entrou
ficou
instalou
provocou

um suspiro dourado
infame
olhar penetrante,
silencio total

no sorriso
um desejo
na medida cheia
sem meio
copo nenhum
completo
completamente

desejo, anseio
anseio
penso
temo
gosto

um nó
preso ou frouxo
estamos amarrando
segurando para laçar
ou afrouxar

desejo
anseio
quero

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Véu de Maya




sem conseguir seguir
lembro de você
sem conseguir você
me vejo em outras vidas,
me perdendo em mim

você acha que eu segui
e por isso começa a dizer adeus
eu continuo perdido,
e finjo aceitar a despedida

eu mal sei dizer o que sinto
ao não ter você por aqui

sem conseguir mentir
eu sigo em frente e finjo.
hipócrita quebro os retrovisores
mas dirijo fumando cigarro e olhando pra traz.

como seguir sem conseguir mentir?
como é, e como vou
sem ter você por aqui

sinto você dizendo adeus
e dizendo não pra mim
hipócrita quebro os cigarros
e olhando pra traz, tento colar os retrovisores
eu mal sei o que sinto aqui

voce acha que eu segui
e eu, sem conseguir mentir
lembro de você.


chegou a hora de termos coragem
de sermos nós mesmos
ou seremos sempre vitimas do medo
de seguir em frente.


quarta-feira, 11 de maio de 2011

olhos de lince



A VIDA

É ALGUMA COISA

QUE SE QUER QUE

SEJA


QUE SEJA

QUALQUER COISA

TODO TEMPO QUER-SE

MAIS


SE O TEMPO

JÁ NÃO SATISFAZ

RECRIA-SE EM VIDA

ALGUMA OUTRA COISA

QUALQUER


PRA QUE NÃO SE TENHA

QUE MORRER EM

QUALQUER COISA

PARA SER O QUE SE

QUER

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A sereia, o mar e o pescador

o rosto cheio de lagrimas
a pureza que se vai e dá lugar ao ódio
a beleza da rainha do mar,
com a furia do próprio rei do oceano

uma tempestade de pensamentos
uma vida pra se compreender
a tristeza de não ter conseguido
o sentimento de se sentir desvalorizada
desprezada, enganada, usada, agredida.

mas se tudo aquilo que nao posso provar
é aquilo que fortalece o prosseguir,
perco a chance de permancer
parado, não sei voltar a remar.

Sinto demais sua partida
a imagem dos seus dentes rugindo
seu desespero por nao conseguir controlar
o incontrolavel.

a minha tristeza por ver que, sem querer
era responsável por isso.
e se sem querer fiz, sem querer tive que seguir em frente.
sofrendo sua ausencia.
sem entender o que vai acontecer.
mas firme, de que se for pra crescer, que seja assim.

meu coracão não cabe ódio pra alimentar.
por mais que ela possa tentar.
nunca vou deixar de amar a sereia que me encantou
e me guardou e valeu, os sonhos que nunca em minha
vida dividi. era com ela que queria navegar.

sofro mas fico na fé e ainda de pé,
de que nós ainda vamos nos encontrar.