domingo, 9 de agosto de 2009

Escapativas

O mais incrível do sentimento de paz é que ele não consegue mentir!...

Quando estamos em algum lugar confortável para as nossas almas bate um quê de calmaria, serenidade e paciência que acalenta qualquer coisa que pareça fora do lugar...Algo parecido como uma sensação de estar íntegro, plenamente encaixado....como se uma intuição constante dissesse que ali é o único lugar onde se poderia estar... algo parecido com colo de mãe quando se está com febre... Assim sabemos quando algo é bom para as nossas almas naquele momento; assim sabemos que o nosso organismo está em boas mãos. A paz não consegue mentir! Quando ela vem, não há dúvidas! Não há racionalização! Não há angústia! Não há ansiedade! Ela vem simples, acomoda-se como se sempre estivesse estado ali e se vai como um sono que nem se sente chegar...

Do contrário, quando não há paz, não há descanso! Não há fluxo de respiração contínuo... Por mais que se tente colocar as coisas no lugar, parece que tudo, estranhamente, se desorganiza. Sai do eixo e entra em um estado de desequilíbrio que exige constante vigilância e controle!
O que devemos sempre fazer é deixar a dúvida nos iludir tempo o suficiente para que acertemos/erremos e para que vivamos a vida como ela deve, aos poucos, ser vivida, degustada, arrependida, chorada, celebrada e imprecisa.

Mas depois percebermos que a resposta de todas as nossas dúvidas está em uma paz que acalenta qualquer pergunta e que essa deve ser nossa bússola emocional diária. “Tentar não custa nada” é falso! Por vezes, custa muito caro! Custa estar se estuprando e não seguindo a vida de acordo com o que o ponteiro da bússola aponta e isso faz com que, ao longo do tempo, não possamos mais confiar em nosso marca-passo natural; ele estraga e nós nos encontramos perdidos em nossos pilotos automáticos ensurdecidos. Por isso, é necessário decidirmos nossa vida na direção de para onde nosso “eu” fica mais em paz, pois assim saberemos quando e onde encontrar nosso descanso e nosso recarregamento de energia vital.

Essa balança é difícil, mas é a chave para a felicidade! Fraquezas são necessárias para as nossas exigências-escudos! Mas forças são necessárias para que vivamos uma vida de acordo com nossas aspirações existenciais! É muita ambição querer que o mundo funcione a nosso “bel-prazer” mas é muita falta de autonomia ignorarmos que temos escolha diante das frustrações. Não podemos mudar os fatos nem as pessoas, mas podemos decidir o que fazer com a realidade dada.

A vida é tão extensa, tão natural e fluida!...mas cada um sabe de que maneira encontra esse ponto de equilíbrio...

(I.F.S.C.C)

Um comentário:

  1. De fato.
    Não existe melhor "termômetro" do que o emocional: sabemos que estamos no caminho certo quando nos encontramos tranquilos ou então contaminados com a energia do entusiasmo; o caminho errdo está tomado de ansiedade.
    Há de se fazer retrospectivas constantes, afim de perceber exatamente quando foi que tomamos o lado errado da encruzilhada...

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