quarta-feira, 29 de julho de 2009

reflexivo inicial

referencias que se vão.
certezas que ficam. ensaio uma conversa profunda,
me esbarro em medos mas não deixo de me expor.

essa é a minha função. como uma barreira espalhada,
perguntar o obvio para ouvir uma resposta cada vez mais previsivel.
como se tivesse a certeza de que terei que depender apenas de mim
pra fazer acontecer o que acredito.

o que compõe o espirito parece ser lapidado de maneira intensa
e me manter na força me traz uma paz serena, de que será preciso suar
a minha própria camisa.... não por nada ou ninguém...
mas por mim mesmo.

penetro nos olhares e sinto alguns olhares que não vão dentro do meu. vejo-me influenciando os outros, tomando decisões e dando a atenção devida ao trabalho daqueles que como eu, buscam mais do que simples respostas de perguntas obvias.

o obvio que já é sabido precisa ser recalcado pois parece-me que as pessoas sabem exatamente aquilo que tem que fazer, mas não fazem aquilo que falam saber. opostos que se distanciam mas caminham juntos pra um lugar onde eu não estou.

continuidade

] não sabemos nada sobre continuidade. é preciso ter calma para discernir, é preciso ter razão para poder sentir o coração só assim, estaremos certos para seguir o destino que queremos. com calma e fé. Acreditando no caminho é que recontamos o passado tranquilizamos o presente, e programamos o futuro [

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Despertar



Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."
(Fernando Pessoa)

domingo, 26 de julho de 2009

Caban, no dia fora do tempo!

tranquilo estava enquanto frio. molhado e barreado, assim como eu semanas atras. tão perdido e ausente da vida, já suspirava as mudanças enquanto ensaiava as lambanças entre madeiras que eram pontes do meu querer. minhas cordas, todas tortas, escolheram oras e boas causas pra se defender. queria mesmo era pandeirar, batucar e insinuar o que era fato de praxe desentender. foi pra provar, que tinha preto nesse branco colorido olhar. nas mais profundas cadeiras, nao resisti e e permite gorrar afora esta brisa negra que tende a tordoar. decidi vibrar, mesmo cansado e contradigno entender as guerras do meu ser e harmonizar com arte, vida, compasso e ritmo as solidarias fugas da minha confiança.

dai-me, paz pra seguir firme. dai-me, força pra seguir em paz sem sair, longe de tudo
um parecido qualquer prova que eu não sou qualquer um. e mesmo que me confundam, eu me indireito. e sigo os caminho do pai que me devotou o dom de artirizar olhares, harmonizar sentidos e permitir movimentos.

dança CABAN infinito.
ritmo do ciclo solar. vem despertar e comprender!
os guerreiros do sol estão e tu guerreiro de ogum,
puxa essa guia. não te esmeire apenas em poesia....
faça prosa de brisa... e torne novo aquilo que já parecia...

compartilho contigo,
escorpiao que da carcaça sagita,
rio das mais intensas vigias...
prazer-te e dai-me noviças vidas.

viva...

domingo, 19 de julho de 2009

meiocão

cachorro louco
cuspindo bolas de fogo
em minha direção

pare de cuspir bolas de fogo
isso é muito perigoso
você não passa de meio cão, meio dragão

que quadro estranho
emitido sons de banjo
em minha direção

nunca pare de toca banjo
vamos acordar o arcanjo
adoro seus solos de banjo

que chinelo doido
se move como louco
em circulos pelo chão

você se move de modo estranho
faz círculos imperfeitos
parece dançar ao som do banjo

que cheiro é esse?
pegou fogo no tapete
essa não....

é tudo culpa daquele cão
que cospe fogo
eu tinha dito que era perigoso
meio cão, meio banjo.

NAN - Conta


Conta
Thiago Albanese / Raul Cilento

O que você me conta?
Aqui é conta pra todos os lados
Conta pra pagar
Conta pra cobrar
Conta pra atender
Conta pra esquecer!

Todo dia, toda hora
aqui dentrou ou lá fora.
A vida passa com a gente fora
pede a conta que eu vou m´embora

Só não quero ser refém,
de uma coisa que nem sei
onde começa e termina
uma mesa de cerveja

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Amnésia Temporária

Eu que nem me lembrava que ao aportar sem desleicho a frente desta roda viva que tende sempre a se esquentar, ia te curtindo como uma intensa e interessante roleta-russa que não tem hora nem momento pra disparar. Bala que entra certeira, conversa que se desenrola faceira e fácil de se achar. Uma cerveja. Duas. Dez.


Suas manias e sentidos me fazem intensificar o processo induzido. Sentidos conjuntos, o japones conversa sozinho e quase não dá atenção pras unhas vermelhas como chama de vulcão. Aos papos de campos que nunca desbravei, vamos determinando os momentos a ponto de ficarem bem mais musicais. Assim como paratodos, uma faisca permite a canção a sua reviravolta cordial.

Da sua maneira, mas com minha atitude e imposição, a delineação se torna tórrida, os cabelos já não tão curtos, os peitos caidos somente em minhas mãos. Isto porque a pitomba é rigida e suculenta, clara e real. Natural. E eu que nem me lembrava, que assim como o verbo que intrui e mostra caminhos, assim como os olhos de vidraça, as curvas da cintura de cinta e saia, e as pernas branquinhas que somente me interessam, nuas sob minha direção. E eu que nem me lembrava.


Que a saliva me embriagava e me tira a noção, a escuridão da esquina vira palco de divina apresentação, as ventas já se entregam ao contato e a sedução, e o enrrosca-enrrosco dos corpos e rostos sob minha interpretação, é como uma corrente que se parte em andromeda, refrata em mercúrio e reflete em escorpião.

E eu que nem me lembrava, que a menina é uma mulherzinha rude e doce. Criativa mavalda, que me conta a história que encantava, nessas eu sigo a escrever a prosa que te faltava.

E eu que nem me lembrava... e eu que nem........

UMASOVÖZEN



UMASOVÖZEN
Johnny Tude / Raul Cilento

Da Janela já vem som
No relógio ainda tem dez minutos
do meu precioso sono bom

O chuveiro, o café
O mar de carros chega
a não ter fim mas já que é assim.
É o que é.

Um perna e um violão
Uma só voz em vão e três cabeças
Suingando ao som de um carron

Mão no teto e o pé ta lá
No chão não cabe mais aqui.
É o que é.

Lixo Seco

O trabalho é um lugar engraçado. As pessoas se entrelaçam em obrigações maiores porém longe de algo comum. Resultado é o nome daquele pelo qual somos cobrados diariamente, e que posteriormente, passamos a cobrar da vida soluções para os resultados que não vem. As divisões aritiméticamente desenvolvidas para separar e integrar o espirito de Kotler, as vezes ficam esquecidas na prateleira, e colocam a boca comum em ofício. Muitas vezes fica na estufa e dá origem a freud ou marx. Dentro de seus decotes e saias, roupas e cores, as mulheres enfrentam e pisam no mundo corporativo assim como se sentam lentamente em uma cadeira de jantar, sem calcinha, prontas para dizer que estão saindo de casa, ou que querem o divórcio. Hoje até, ouvi rumores que o rapaz estava cinza demais, e que ele não era homem de verdade. Ciumes, a parte mais molenga da coluna vertebral masculina observo inoperante tal monólogo que tem alguns espectadores. Ao esbravejar aos ventos o seu cão de orgulho feminino, duvidas pairam sobre sua cabeça que procura resolver os problemas da vida na mesa de resultados. Dificil não?

As vezes é preciso andar com um escritório na cabeça e a vida no papel, nunca se sabe a hora de dar em punho próprio, com bic ou Mont´Blanc, a assinatura do sucesso. Da felicidade. da realização. É no meio de palavras como está ação+real se desenrrola pela vida que não explica as diferencas apenas brinca com a nossa capacidade de administrar as crises emocionais da natureza. Ele fez... ele faz... ele diz... ela briga... ela canta.. ela dorme tarde.. ele não levanta...

As vezes é banal e ridiculo como o tudo se desenvolve no estado de natureza do homem (que é o conflito) e permeia entre a paz e a guerra dos sexos que não procuraram ainda encontrar o caminho do desapego, da posse, do desejo material. Na sociedade do ter que subistitui o ser, vamos rindo e montando crônicas da vida alheia... mesmo que eu não tenha subsidio nenhum para dizer, aquilo que ele deveria ter dito.

Cantilena


"Eis aqui notícias de seu criado - estas terras por aqui, meu Rei, são estranhas! Uma eterna luta entre cobras e aranhas mancha o solo que aqui é encontrado!

Não existe o conceito de errado, não existe a ordem e a moral! Não vejo nada aqui que seja normal - esse lugar, por Deus, foi abandonado. Os desejos parecem todos forjados: quem quer finge não querer; quem sabe, finge não saber - os valores estão todos invertidos!!

Certos combates podem até ser divertidos, mas sempre à custa da humilhação alheia. A pessoa que por um instante titubeia é isolada sem dó nem piedade! Não sei dizer, senhor, o que aqui é de verdade, ou o que é encenado com a maior das perfeições. Sei dizer que as mentes calam os corações, pelo medo de ser ridicularizado.

Meu Rei, fico mesmo desolado, porque o amor, que tristeza, virou guerra! Com estratégias dignas de nossa terra pra conseguir a mais simples das vitórias. Por aqui, senhor, se contam histórias, de que o amor fere, ao invés de fazer bem! Tem gente que prefere viver sem, a correr o risco de um dia chorar.

Imploro ao Senhor que me permita voltar! O ar daqui parece ser contagioso - eu mesmo já ando desgostoso de com as pessoas daqui conversar. Sugiro nosso exército avisar, e que permaneça fortemente armado - por aqui se tem planejado os nossos campos dominar!
Senhor, eu vim lhe avisar, e rogo: por favor não permita! que essa gente esquisita possa nossa fé abalar! Não nos deixemos desmotivar! Lembremos do nosso passado, dos nossos anos dourados, e das nossas amadas crianças!

Não deixemos que a esperança possa pra cá se debandar! Reunamos nossos homens e às mulheres vamos avisar! A partir de hoje, ergamos os copos, e brindemos, senhor, a meus votos, que não deixemos de acreditar..."

19 de junho, meu presente e presente em...
http://noiasedelirios.blogspot.com/2009/06/cantilena.html
Obrigado!