quinta-feira, 2 de julho de 2009

Amnésia Temporária

Eu que nem me lembrava que ao aportar sem desleicho a frente desta roda viva que tende sempre a se esquentar, ia te curtindo como uma intensa e interessante roleta-russa que não tem hora nem momento pra disparar. Bala que entra certeira, conversa que se desenrola faceira e fácil de se achar. Uma cerveja. Duas. Dez.


Suas manias e sentidos me fazem intensificar o processo induzido. Sentidos conjuntos, o japones conversa sozinho e quase não dá atenção pras unhas vermelhas como chama de vulcão. Aos papos de campos que nunca desbravei, vamos determinando os momentos a ponto de ficarem bem mais musicais. Assim como paratodos, uma faisca permite a canção a sua reviravolta cordial.

Da sua maneira, mas com minha atitude e imposição, a delineação se torna tórrida, os cabelos já não tão curtos, os peitos caidos somente em minhas mãos. Isto porque a pitomba é rigida e suculenta, clara e real. Natural. E eu que nem me lembrava, que assim como o verbo que intrui e mostra caminhos, assim como os olhos de vidraça, as curvas da cintura de cinta e saia, e as pernas branquinhas que somente me interessam, nuas sob minha direção. E eu que nem me lembrava.


Que a saliva me embriagava e me tira a noção, a escuridão da esquina vira palco de divina apresentação, as ventas já se entregam ao contato e a sedução, e o enrrosca-enrrosco dos corpos e rostos sob minha interpretação, é como uma corrente que se parte em andromeda, refrata em mercúrio e reflete em escorpião.

E eu que nem me lembrava, que a menina é uma mulherzinha rude e doce. Criativa mavalda, que me conta a história que encantava, nessas eu sigo a escrever a prosa que te faltava.

E eu que nem me lembrava... e eu que nem........

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