segunda-feira, 16 de março de 2009

Dizeres e afazeres...

O homem morre pela boca. a saida infame e derradeira daqueles que pleiteiam contra sua posição. O homem vive um espanto. É dentro de sua cabeça podre que gera a inveja e provoca anonimato. O homem vive esperando. A soluçao dos prazeres a cobiça pelo que é do outro, o desenrrolar do ócio, a desfunção dos dissabores.

Hoje estou em retirada. e mesmo que esta desforra manifeste um sumiço por fim. pobres análogos aos meus dizeres. terão que se contentar com meu passado que já está escrito e portanto podre dentro de sua cabeça, e aspera na ponta de sua lingua. Onde guiará o seu verbo sem a minha posição de imagem e texto. onde buscará força para ser certo e quando deixará sua mascara cair.

é no objeto dos prazeres,que faço a minha História com dizeres...
é na sua imensa cobiça,que me esquivo sem preguiça....
são caminhos a se guiar, são palavras para cantaros
meus sorrisos estarão com ela
a sua verdade podre
por baixo da terra
adeus

domingo, 15 de março de 2009

agridoce

Com acucar com afeto,
sem jeito de parar em casa,
Eu nao peço que acredites,
quando digo que nao me atraso

Eu vou atras do meu salario,
trabalho feito um operario
Mas sempre arrumo jeito de comemorar
é bom estar com todos,
sempre pra puxar assunto,
e discutir um futebol

adimiro olhar as saias,
De quem vive pelas praias
Ou dancando no salao

Em algum bar amigo, em alguma quente esquina,
Vou bater um samba antigo, pra sempre rememorar
e nunca envelhecer

Quando a noite enfim me cansa
Eu volto feito crianca
Implorar algum perdao
Eu nao vivo sem um nao...

Logo vem meu prato quente,
Finjo que mudo pra sempre
E torno a repetir
Aquele velho e bom
refrao

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Marcha de cinzas

Acabou nosso carnaval
Ninguém ouve cantar canções
Ninguém passa mais brincando feliz
E nos corações
Saudades e cinzas foi o que restou

Pelas ruas o que se vê
É uma gente que nem se vê
Que nem se sorri
Se beija e se abraça
E sai caminhando
Dançando e cantando cantigas de amor

E no entanto é preciso cantar
Mais que nunca é preciso cantar
É preciso cantar e alegrar a cidade

A tristeza que a gente tem
Qualquer dia vai se acabar
Todos vão sorrir
Voltou a esperança
É o povo que dança
Contente da vida, feliz a cantar

Porque são tantas coisas azuis
E há tão grandes promessas de luz
Tanto amor para amar de que a gente nem sabe

Quem me dera viver pra ver
E brincar outros carnavais
Com a beleza dos velhos carnavais
Que marchas tão lindas
E o povo cantando seu canto de paz
Seu canto de paz

(Vinicius de Morais)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Processo em progresso

eu não me canso.
de seguir em frente, mesmo quando
alguém me chama pra ficar.

eu não me canso.
porque hoje é sabado. Amanhã é domingo.

eu não me espanto.
em pensar como pedra aquilo que é
tão mole e sutil.

eu não me provo.
apesar de amargo,
finjo ter perdido o medo da perda.
a minha audácia é que me sustenta!

Não sei se demoro, ou se revolto...
Pras duvidas, deixo meu passado...
O que seria o mais sincero agora...

a hora do encontro é também despedida.
e sem reencontro não cobre a ferida?

melhor assim?
melhor assado?

eu não me canso!
tá perdoado!

fim da linha!
Você pula fora e eu concordo.
sem me cansar.
e agora?
cansou?

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Cidade d'Oxum







Nessa cidade todo mundo
é d'Oxum
Homem, menino, menina, mulher
Toda a cidade irradia magia
Presente na água doce
Presente na água salgada
E toda a cidade brilha
Seja tenente ou filho de pescador
Ou importante desembargador
Se der presente é tudo uma coisa só
A força que mora n'água
Não faz distinção de cor
E toda a cidade é d'Oxum
É d'Oxum É d'Oxum
Eu vou navegar
Eu vou navegar nas ondas do mar
Eu vou navegar nas ondas do mar

Perfil Psicológico / Complexo Edificil



- Consegue tudo que quer, perde o que tem -


- Chuta tudo que tem e quer -


- Valoriza o que tem e quer -


- Não sabe o quanto tem, ainda quer mais -


- Não sabe o que quer nem o que tem -

Caraíííííso


brilho de intenso verão. Senhor do Sol!

Sonho verdadeiro. Dança traiçoeira.


Quem não diria, caraiva... melodia de pouco dia...

magia que constrói caminhos. se não novos... velhos e eternos...


Caraiva!

Me da força e raça. com graça.

Caraiva!


Salve São Salvador... Sebastião e Sebastiana...

a maladragem... a cura... a verdade.


Salve a misericórdia dos aflitos...

os cantores de brasilia... os batuqueiros baianos...

as moças do rio... do espelho... do satu...

salve a cantiga do pará e a vadiagem da manhã....


salve meus irmãos e irmãs...

que agora, o coração já não vai mais te largar.